#EUSOUPROFESSOR

Se você fosse reinventar a palavra “professor”, como ela seria? Transformador, educador, mobilizador, inspirador? É curioso pensarmos que, apesar do termo ser o mesmo vindo do Latim, derivado de professus -  aquele que declara em público - o seu significado vai muito além para essa sociedade iniciadora do século XXI.

Se abrirmos nossa linha do tempo e navegarmos história a dentro, veremos que a função de ensinar é mais antiga que o próprio desenvolvimento da escrita: a oralidade, junto com outros processos da comunicação, tornou-se chave mestra na função de transmitir informações e conteúdos sobre o que se entendia ser importante para compartilhamento. No decorrer dos séculos, o conhecimento esteve muito bem guardado nas grandes bibliotecas das igrejas e castelos, ele era pouco acessível e desvinculado à massa da população. Mas para o mundo contemporâneo, o acesso à informação se revolucionou.

Com o desenvolvimento das tecnologias e meios de comunicação de massa, o acesso a informação mudou radicalmente e a partir da década de 1990 a Internet começou a ganhar espaço, difundindo e transformando ainda mais a forma como nos comunicamos e nos relacionamos. Os alunos do século XXI são “nativos digitais”, termo cunhado por Mark Prensky no início dos anos 2000 e também são conhecidos como Millennials e Pós-Millennials, pessoas nascidas de 1980 em diante e em uma época na qual as tecnologias digitais já eram uma realidade: essa geração vive conectada à uma cultura tecnológica e uma boa parte da sua vida se passa online. Houve o que podemos chamar de Revolução das Interações Sociais, pois a forma como nos relacionamos já não é mais a mesma. E como fica a escola neste contexto?  É preciso repensar o papel do professor?

O professor do século XXI já não é mais o detentor de toda informação, mas sim o facilitador na relação entre aluno e conteúdo. Ele potencializa competências e habilidades que vão para além dos conceitos, orienta e direciona o processo de ensino-aprendizagem. Ele é um agente de mobilização e transformação e sua função dentro da sociedade não pode ser vista apenas como profissão, mas sim como uma missão. A missão de quem é também psicólogo, enfermeiro, cuidador, educador, as vezes pai, às vezes mãe, de quem oferece o carinho que, em casa, a criança pode não ter, de quem com uma mão ensina e com a outra também cuida e educa.

O Instituto CCR e o programa Caminhos para a Cidadania parabeniza a todos os professores e professoras que desempenham essa bela e desafiadora missão que é ensinar!